27 de junho de 2013

Matilha

E no frio daquela rua
Numa noite sem saída
Aquele cão me acompanhou
Como um anjo da guarda
Me protegendo dos temores da meia-noite
Era branco quando iluminava a noite
E preto refletindo o sol
Forte e voraz
Cortando o vento a minha frente
Ávido e de peito avante
Corria na frente, mas não muito distante

E quando eu parei em frente ao portão
Voltou e me abraçou com seus olhos
E seu rabo abanando

Não que tenha me abandonado no meio da jornada
Mas de uma hora pra outra sumiu
Onde está meu cachorro
Embaixo da ponte, ou no casco de um navio?
Onde estará meu cão
Deitado embaixo da árvore, ou embaixo de um caminhão?