25 de setembro de 2013

Quarta-feira, 25 de setembro de 2013.

 
   Minha mãe me acordou logo pela manhã. Fiquei um pouco deitado na cama. Pensando talvez, cochilando e gemendo, tentando criar coragem pra levantar. Talvez meu coração ainda esteja um pouco magoado, mas se recuperando. Fiquei pensando no mundo, nas coisas que acontecem, e o que nos fez chegar a esse ponto.
   Ninguém precisa estudar Filosofia, ou qualquer outra ciência social, pra saber que a sociedade está perdida. Mas eu me pergunto, por quê? Como o ser humano chegou em um nível tão baixo. Onde se instalou, reproduziu, extraiu todos os recursos naturais, e não pensa em parar de "crescer". Será mesmo que a vida é esse emaranhado de ruas, filas de carros e pilhas de casas amontoadas, onde as pessoas vivem se espremendo? As pessoas vivem a vida na correria, sem olhar ou sorrir uns para os outros, e se fazem isso, fazem na falsidade. Vivem trabalhando com pressa, fazendo hora extra, para comprar coisas que provavelmente não são necessárias. Será que elas se sentem felizes tendo todo esse conforto?
   Talvez essa manhã eu tenho acordado um pouco mais pensativo mesmo. Pensando num futuro que certamente não será feliz pra muita gente. Gente que trabalhou a vida toda, por um conforto, mas não conseguiu. Talvez o conforto de verdade esteja nas coisas simples da vida. A convivência com os amigos, as coisas da natureza, passeios de bicicleta, o vento, as praças, andar a pé, acordar em  um domingo ensolarado e ir ver o rio. Talvez essas coisas calmas e serenas nos deixe muito mais confortáveis do que uma poltrona de dois mil reais, e um TV gigante.
   Desde criança sempre sonhei em ter um carro legal e uma casa grande, recheada de tecnologias. Percebo que que essas coisas me deixarão preso num mundo pequeno, onde eu não precise sair de casa para buscar algo. Pensamos em modernidade como sinal de uma vida melhor, mas talvez as coisas mais rústicas nos mostram verdadeiramente como a vida é. A distração da tecnologia, nos informando o tempo todo, sobre tudo, nos faz nos afastar cada vez mais das pessoas. Influindo cada vez mais para um mundo onde as pessoas pensam só nelas mesmas.
 Quero uma vida onde as crianças voltem a correr e gritar amontoadas em rodas, soltar pipa, jogar bola, brigar, chorar, pular, etc. Não quero crianças vidradas em computadores, smartphones e video games. Quero uma vida onde os casais de idosos possam atravessar uma rua, sem correr o risco de seres atingidos por idiota dentro de um carro. Sei que é um pedido egoísta, perto dos conceitos da sociedade de hoje. Mas se todos tivéssemos o mesmo interesse, nos desapegaríamos dos bens materiais, dando mais valor as coisas emocionais, e seríamos mais felizes.


17 de setembro de 2013

Queria ter te encontrado antes,
Só pra poder ter dito mais vezes
Que eu devia ter te encontrado há mais tempo.