Olho para trás e vejo eu mesmo, uns cinco anos mais novo.
As vezes penso que mudei bastante nos últimos tempos, mas vejo que no máximo fiquei um pouco mais eu mesmo por me entender melhor. Eu vejo ele (eu) andando na rua, com fones de ouvido, a mão esquerda no bolso e a outra segurando a alça da mochila. Usando uniforme da escola.
Ele não me reconhece, mas está atendo quanto eu pergunto:
- O que você quer fazer daqui a cinco anos - Como quem não espera nenhuma resposta em especial, já que memória não é minha maior virtude.
- Sei lá, fazer umas coisas maneiras e tals - Sem muita certeza.
Se me perguntassem hoje a mesma coisa acho que responderia do mesmo jeito, só acho que talvez soubesse dar nomes a algumas dessas coisas maneiras.
Não mudei muito.